sábado, 21 de março de 2015

EDUCAÇÃO PARA UM MUNDO MELHOR

O ano de 2015 começou a mil por hora e, por isso, fiquei várias semanas sem publicar nada no blog. Além de me ocupar com o lançamento de Jonas Dante-Vigo na capital paulista, meu trabalho oficial requereu quase que 100% de exclusividade do meu tempo, não fossem também as poucas horas que tive para passar com a família ou dormir. O estresse laboral eliminou toda inspiração e esgotou qualquer possibilidade de escrever um texto novo, que fizesse sentido.

Para me recuperar de tamanha exaustão, já havia programado um período de descanso após o carnaval. Foi quando pude parar para pensar qual seria meu próximo post. Entre viagens a trabalho e férias, cheguei a conclusão que deveria destinar esse texto a uma reflexão sobre educação. Afinal, quando viajamos, o que mais encontramos por aí é a falta da mesma.

No livro O Aleph, Paulo Coelho escreveu que "depois de muito tempo na estrada...você descobre que o seu antigo Eu, com tudo que aprendeu, é absolutamente inútil diante de novos desafios". Fiquei pensando se ele escreveu isso de tanto esbarrar em gente mal educada por onde passou. 

A começar pela fila do check-in em um aeroporto, onde uns furam fila e outros batem o carrinho no seu calcanhar sem pedir desculpas, até a aterrissagem da aeronave, quando todo mundo te olha estranho, principalmente a pessoa sentada ao seu lado, se você fica esperando a luz do sinal do cinto de segurança apagar antes de abrir o seu e levantar-se, como se você fosse o errado entre a grande maioria que já está de pé. Outro dia vi um pensamento de autor desconhecido que ilustra tal situação: "O errado é errado mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo é certo mesmo que ninguém esteja fazendo".

Mas será que educação depende de cultura, raça, idade, gênero, sexualidade, crença ou classe social? Eu, particularmente, nunca fui a favor de generalizar nada, apesar de muito se ouvir que francês é mal educado, italiano é grosseiro, inglês é um lorde, americano é arrogante, brasileiro é bagunceiro e assim por diante. Creio que a maior parte das generalizações podem ser uma ofensa àqueles que, pelo bem ou pelo mal, são exceções à regra geral (caso existisse uma regra geral).

Em minhas viagens, as cenas de grosseria foram protagonizadas por todos os tipos de seres mal educados. Ricos, pobres, mulheres, homens, jovens, adultos, idosos, brancos, negros, latinos, asiáticos, europeus, norte-americanos, etc. Tem sempre alguém que, por algum motivo, talvez falta de lucidez, respeito e/ou consideração pelo próximo, se acha mais especial que qualquer outra pessoa ao seu redor. E então decide furar a fila, te dar uma resposta atravessada a uma simples pergunta, jogar lixo no chão, entrar no elevador antes de você sair, deferir joelhadas diversas no banco em que você está sentado e por aí vai...

De volta a minha rotina, me deparei com muitos outros exemplos de falta de educação, principalmente no trânsito. Carros parados em fila dupla, ocupando duas vagas de um estacionamento, estacionados em local proibido ou em vagas para deficientes ou em frente à rampas para cadeirantes. "É só por um minutinho". São inúmeras as situações que creio já terem sido presenciadas por muitos de nós, talvez até protagonizadas por alguns que lerão esse texto.

No mês de Abril, acontecerá em Santos o 16o Congresso Estadual de Espiritismo. O tema do evento é "Amor, Educação e Ética - para onde caminha a humanidade". Crenças a parte e sem saber muito mais sobre o que será discutido, a escolha do tema me chamou a atenção. Acho extremamente propicio vincular amor, educação e ética com o futuro da humanidade, principalmente nos tempos de hoje em que se fala tanto em corrupção, em que tanto se protesta. Aliás, por pautas que julgo terem imensa importância para o futuro do Brasil. Apoio todo e qualquer protesto lógico, pacífico e com educação.

Mas nós que fomos às ruas, protestar contra tanta falta de ética que existe hoje, entre os políticos do nosso país, devemos talvez refletir sobre nossa educação e o quanto estamos contribuindo para o futuro da humanidade. Estamos fazendo o errado porque todo mundo faz? Ou fazemos o certo mesmo que ninguém o faça? Como já escrevi anteriormente, é simples contribuir para um mundo melhor, basta sempre distribuir gentileza e transmitir o bem.

2 comentários:

  1. Excelente reflexão Renato. Concordo 100%.!

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  2. Fernanda Leite Nasser4 de maio de 2015 às 21:50

    Gostei muito. Num curso q fiz, ouvi de um professor q os políticos sempre preferem falar de saúde, mais q de educação, porque as pessoas sentem facilmente a falta de qualidade dos serviços de saúde, mas são incapazes de reconhecer q lhes falta educação.
    Esse é um dos meus temas preferidos.
    Parabéns pelo texto, adorei!

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